segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Santuário Gerês utiliza painéis solares para aquecer peregrinos.



Santuário Gerês utiliza painéis solares para aquecer peregrinos
No Santuário de S. Bento da Porta Aberta, na serra do Gerês, a enfermaria dos peregrinos e a casa pastoral já são totalmente alimentados com energia solar", disse hoje fonte da Irmandade que gere o espaço religioso. A instalação de doze painéis solares térmicos custou à Irmandade do Santuário da Porta Aberta 24 mil euros, disse Fernando Monteiro, Juíz da Irmandade de S. Bento da Porta Aberta.
"É um investimento que diminuirá em 50 por cento a despesa anual do consumo energético", referiu Abílio Vilaça, tesoureiro da irmandade.
Para além da energia necessária para o funcionamento da enfermaria e da casa pastoral, os painéis vão ainda garantir os processos de climatização e águas sanitárias.
"Pela enfermaria, passaram em 2007, mais de 4500 peregrinos", daí a escolha da estrutura para receber os primeiros painéis solares.
"Este sistema permite-nos prestar um melhor serviço aos peregrinos que precisam de banhos e água quente a todo o momento pois estão sujeitos a quedas e entorses durante a peregrinação até ao santuário", sublinhou Fernando Monteiro.
A peregrinação anual de S. Bento da Porta Aberta, em Terras do Bouro no Gerês, iniciou-se ontem dia 10 de Agosto.
Diário Digital / Lusa
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domingo, 10 de agosto de 2008

PELA RUA DA AMARGURA !

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Quase

Um pouco mais de sol - eu era brasa,
Um pouco mais de azul - eu era além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa...

Se ao menos eu permanecesse aquém...
Assombro ou paz? Em vão...
Tudo esvaído Num grande mar enganador de espuma;
E o grande sonho despertado em bruma,
O grande sonho - ó dor! - quase vivido...
Quase o amor, quase o triunfo e a chama,

Quase o princípio e o fim - quase a expansão...
Mas na minha alma tudo se derrama...
Entanto nada foi só ilusão!
De tudo houve um começo... e tudo errou...
- Ai a dor de ser - quase, dor sem fim...
Eu falhei-me entre os mais, falhei em mim,

Asa que se enlaçou mas não voou...
Momentos de alma que, desbaratei...
Templos aonde nunca pus um altar...
Rios que perdi sem os levar ao mar...
Ânsias que foram mas que não fixei...
Se me vagueio, encontro só indícios...

Ogivas para o sol - vejo-as cerradas;
E mãos de herói, sem fé, acobardadas,
Puseram grades sobre os precipícios...
Num ímpeto difuso de quebranto,
Tudo encetei e nada possuí..
.Hoje, de mim, só resta o desencanto

Das coisas que beijei mas não vivi...
Um pouco mais de sol - e fora brasa,
Um pouco mais de azul - e fora além.
Para atingir faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém...

«By Mário de Sá Carneiro »
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