sábado, 8 de maio de 2010

    Correm as águas do rio.





    Correm as águas do rio
    Passam na agulheta do tempo
    A mesma água não volta, nem pelo fio
    Não repete a sua passagem, observo, lembro
    A vida é como esse rio
    Na superfície a velocidade instântanea
    No fundo as correntes pesadas
    As pedras roladas, as plantas prezadas
    O que se esconde e funde no leito
    Escorregadio que com os tempos feitos
    Pouco mudam, pouco nadam
    A vida de um rio, não é só a agua que passa
    É as margens descoladas, divididas
    São quem passa quem refresca
    É a vida num todo que se compõe
    É quem mergulha, quem acha
    Quem muda, leva ou põe
    É quem toca no fundo
    Traz a vida que mergulha num rio também.

    «Deepmoon»
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