sábado, 21 de agosto de 2010

    "Cepa ataca parlamento e anuncia abandono da política", (palavras no discurso do dia do municipío,na passada quinta feira).


    Ver noticia na pagina do Correio Do Minho.


    “Sou presidente da Câmara há 12 anos. Os esposendenses conhecem-me. Crítico quando tenho de criticar e elogio quando devo, independentemente de os visados pertencerem ou não ao meu quadrante político. Sempre fui assim e não seria agora, a pouco mais de três anos de deixar definitivamente a actividade política que iria mudar”, afirmou — à sexta de quinze páginas — num discurso marcado pela defesa do municipalismo e duras críticas aos deputados da Assembleia da República.

    “Duzentos e trinta senhoras e senhores deputados, sentados na Assembleia da República, afastados do verdadeiro sentir e dos verdadeiros problemas das populações, foram criando e aprovando leis atrás de leis que condicionaram sobremaneira o trabalho das autarquias e dos autarcas deste país”, afirmou.
    João Cepa acentuou as limitações de mandatos, impostas “aos autarcas e só aos autarcas” e as restrições legais de endividamento das autarquias “quando esse endividamento só representa 2% da dívida pública”, passando pelos cortes nas transferências financeiras.
    Constrangimentos que o edil salientou em defesa da actividade municipal, sugerindo que a abundância de notícias sobre autarcas alegadamente corruptos nas primeiras páginas tentam “meter tudo no mesmo saco”.

    Os deputados e os ‘lobbies’

    Voltando a centrar o alvo do seu discurso nos membros da Assembleia da República questionou se “é sério e transparente que um deputado que é consultor de um banco privado faça parte da Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças”, ou então — prosseguiu — “se é sério e transparente que um deputado com actividade profissional num escritório de advocacia, que tem como clientes grandes empresas com interesses no domínio dos resíduos sólidos, da água ou do imobiliário, faç a parte da Comissão Parlamentar de Ambiente e Ordenamento do Território”.
    “E o mesmo se aplica à saúde, à economia, às obras públicas, etc”, considerou, observando que este é “um bom tema para o jornalismo de investigação — os deputados e os lobbies”.
    A rematar o ataque dirigido aos deputados, Cepa ainda questionou: “porque teimam em permanecer na Assembleia da República, agora sentados nas últimas filas alguns veteranos que praticamente não têm actividade parlamentar?
    Será que lhes interessa os contactos, com estatuto, a ligação aos centros decisão?”, perguntou ainda o edil eleito pelo PSD, agora no último mandato.
    conti....
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