Deixaste-me partir descalço sobre as minhas feridas
Onde estás,
companheira de todas as águas?
A noite é uma janela aberta sobre o mar.
Os vasos das gardénias mais sombrias quebram-sede encontro ao silêncio.
Ouvi os violinos nas catedrais da tarde;
cavalos de sombra trotaram por entre as árvores,
na tua fronte,
nas chamas que crepitavam nas tuas mãos esquivas.
Já não vejo o teu rostonos pingos de chuva que cobrem o pára-brisas.
Afasto-me aos poucos de Julho,
do mês em que mais cresceste dentro de mim.
Tens, sei, a natureza das florestas no Outono,
e são bravos os teus cabelos como os pinheiros da costa.
Escondo-me agora na minha cama de pedra,
nos meus sonhos de vidro,
nos lençóis de luar com que cubroagora os momentos mais fundos sem ti.
Onde estás,
companheira de todas as águas?
A noite é uma janela aberta sobre o mar.
Os vasos das gardénias mais sombrias quebram-sede encontro ao silêncio.
Ouvi os violinos nas catedrais da tarde;
cavalos de sombra trotaram por entre as árvores,
na tua fronte,
nas chamas que crepitavam nas tuas mãos esquivas.
Já não vejo o teu rostonos pingos de chuva que cobrem o pára-brisas.
Afasto-me aos poucos de Julho,
do mês em que mais cresceste dentro de mim.
Tens, sei, a natureza das florestas no Outono,
e são bravos os teus cabelos como os pinheiros da costa.
Escondo-me agora na minha cama de pedra,
nos meus sonhos de vidro,
nos lençóis de luar com que cubroagora os momentos mais fundos sem ti.
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